campanha do candidato centrista Emmanuel Macron para a presidência da França foi alvo de uma pirataria maciça a poucos minutos do término oficial da campanha eleitoral, à meia-noite desta sexta-feira (5), pelo horário local.Sua equipe confirmou que uma grande quantidade de documentos internos, como emails e documentos contábeis, foram hackeados e publicados nas redes sociais por meio de um link divulgado pelo site WikiLeaks, que negou envolvimento no caso.
Em um comunicado, a equipe do Emmanuel Macron afirma que os arquivos divulgados foram obtidos há várias semanas de emails pessoais e profissionais hackeados de lideranças do movimento Em Marcha!. “Evidentemente, os documentos pirateados são todos verdadeiros e dizem respeito ao funcionamento normal de uma campanha presidencial”, afirma o texto. Os responsáveis dizem que os arquivos divulgados publicamente não são motivos de preocupação em relação à legalidade e conformidade com as leis eleitorais.
Segundo os responsáveis do movimento Em Marcha!, os documentos pirateados foram divulgados nas redes sociais com outros, falsos, com o objetivo de propagar “dúvidas e desinformação” e prejudicar a candidatura de Macron a poucas horas do segundo turno da eleição presidencial, que foi realizada neste domingo (7).
A operação já foi batizada de “MacronLeaks”. Na noite de sexta-feira, vários partidários da extrema-direita divulgaram os documentos por meio de suas contas nas redes sociais. O movimento Em Marcha! informou que vai acionar as autoridades competentes e pedir uma investigação sobre o caso para identificar a origem do ataque cibernético.
O presidente François Hollande reagiu e afirmou que a piratagem “não vai ficar sem resposta”.
Apelo para não divulgar arquivos
A Comissão de controle da campanha eleitoral francesa pediu neste sábado (6) para que a imprensa e também os cidadãos não publiquem documentos e arquivos vazados. O apelo foi feito após uma reunião de representantes da comissão para estudar o “ataque informático”.
Em comunicado, a Comissão alertou que a difusão ou redifusão dos dados, que foram obtidos de maneira fraudulenta, e que tudo indica foram misturados a documentos falsos, pode ser punida pelo código penal.
Fonte: Carta Capital
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