O mercado de tecnologia é um dos que mais cresce no mundo. E a tendência é que não pare de crescer tão cedo. Mesmo em tempos de crise no Brasil, a demanda por profissionais de TI não parou de crescer. Em 2017, o mercado de TI do Brasil cresceu 4,5%. Ficamos em nono lugar em relação ao resto do mundo, com um investimento de US$ 38 bilhões. O líder geral foi os Estados Unidos, com um montante de US$ 751 bilhões. Em segundo lugar está a China, com investimento de US$ 244 bilhões. Em seguida vêm Japão (US$ 139 bilhões), Reino Unido, Alemanha, França, Canadá e Índia.
Somos o país com o maior valor em investimentos na América Latina. Em segundo lugar ficou o México, com US$ 20,6 bilhões, seguido por Argentina (US$8,4 bilhões) e Colômbia (US$ 7 bilhões). Recuperamos a primeira posição no continente; o Brasil é responsável por 39,1% dos investimentos feitos pelos latino-americanos, que foram de US$ 97,3 bilhões no total.
A previsão é a de que o mercado de TI nacional cresça 4,1% em 2018, portanto, a demanda por profissionais e serviços devem continuar alta. Projeta-se que mobilidade, big data, computação em nuvem e social business devem puxar o crescimento. Segundo a Associação Brasileira de Empresas de Software (ABES), os resultados positivos mostram que o mercado de TI brasileiro está mais maduro, com investimentos maiores em software e serviços.
O cenário é positivo, mas repleto de novos desafios para o mercado de TI do Brasil. Veja algumas tendências para esse mercado em 2018 e saiba como navegar o cenário do presente e do futuro.
Computação em nuvem
Uma pesquisa mostrou que uma das tendências do mercado de TI do Brasil e da América Latina é a computação em nuvem. Esse setor deve crescer 40% em 2018. As melhoras na segurança desse tipo de serviço e o corte de custos que ele proporciona às empresas que implementam sistemas baseados na nuvem estão fazendo a demanda aumentar. Estima-se que de 70% a 80% das empresas ainda prefiram instalar servidores em suas próprias instalações. Há, portanto, bastante espaço para crescimento. Os serviços de cloud pública devem movimentar US$ 1,7 bilhão em 2018 e dobrar até 2020, incluindo a instalação de infraestrutura, plataforma e software como serviço (SaaS).
Inteligência Artificial
De acordo com uma pesquisa, 84% das empresas acham que a Inteligência Artificial é determinante para manter a competitividade. Cerca de 50% delas consideram que a nova tecnologia pode transformar os processos e serviços. Ou seja, que ela tem o potencial de mudar radicalmente o futuro. Foram entrevistados 835 executivos, em quatro regiões do mundo, de 13 diferentes setores da indústria. Por enquanto, o mercado de TI é o que mais investe e implementa a Inteligência Artificial, mas, em breve, outras áreas deverão usar a ferramenta frequentemente, como atendimento, marketing e vendas.
Big data
Atualmente, empresas e negócios conseguem obter uma grande número de informações a respeito de seus clientes e do andamento dos serviços. Existem diversas ferramentas para coleta e armazenamento, mas é preciso analisar tudo isso e interpretar os dados. Por isso, o setor de big data cresceu quase 5% em 2017, atingindo investimentos de US$ 848 milhões no mercado de TI. Ter um setor eficiente de big data se tornou uma eficaz estratégia de negócios, uma vez que permite acompanhar o desempenho de setores em tempo real e fazer ajustes. Em 2018, o investimento em big data, considerados a infraestrutura, software e serviços, deve chegar a US$ 3,2 bilhões no Brasil.
Dispositivos móveis
Embora smartphones e tablets sejam praticamente onipresentes, ainda há espaço para o crescimento, especialmente no mercado corporativo. Segundo uma previsão, são necessários 3,5 milhões de dispositivos no mercado brasileiro. As vendas para empresas vão chegar a 6% do total, um total de US$ 1 bilhão. Essa quantidade vai representar um aumento de 30% em relação a 2017. As oportunidades da venda de dispositivos móveis para empresas é bastante atraente porque as margens de lucro são mais altas e o crescimento de vendas em outros setores já não crescem tanto. Portanto, smartphones e tablets devem ser destaque no mercado de TI do Brasil.
Internet das coisas em casa
Outro setor de grande destaque deve ser o da Internet das Coisas (IoT). A movimentação total deve chegar a US$ 612 milhões no Brasil. O número de casas que terão algum tipo de aparelho conectado à internet vai chegar a 4%: ar-condicionado, câmeras de segurança e outros sistemas. Isso deve acontecer, principalmente, por conta do desenvolvimento de software e a produção de dispositivos aqui mesmo no Brasil.
Segurança da informação
Quanto mais tecnologia é implementada nas empresas e quanto mais seus processos e serviços dependem dela, maior é a necessidade por segurança da informação no mercado de TI. Projeções preveem que 63% das empresas médias e grandes já aumentaram seus investimentos nessa área. Além disso, as companhias têm tomado consciência da importância dessa questão e estão incorporando profissionais responsáveis pelo assunto, criando cargos de responsáveis pela segurança eletrônica, os CSOs (chief security office). Este ano, os gastos com a segurança da informação devem aumentar 9% em comparação com 2017. O valor total gasto deve chegar a US$ 1,2 bilhão.
Usuário em primeiro lugar
Não há mais como fugir: os produtos e serviços do mercado de TI têm de levar em conta como os usuários se relacionam com suas criações. É preciso inovar, mas desenvolvendo ferramentas amigáveis, intuitivas e que tragam benefícios a quem as usa. O aumento da mobilidade do trabalho vai exigir soluções inteligente, que sejam capazes de atender às necessidades das pessoas e a seus pedidos, caso alguma mudança seja necessária. Por isso, as empresas cada vez mais necessitam de profissionais que entendam de experiência do usuário, conhecida como UX.
As perspectivas para o futuro são boas. Não existe mais a ideia de um mundo que não precise nem dependa da tecnologia. O diferencial não é mais ser digital ou não, mas a qualidade dos serviços eletrônicos e on-line que se pode oferecer. Por isso, as empresas de TI serão essenciais para auxiliar outras companhias a implementar sistemas, serviços, a cortar custos e investir de maneira correta.
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