Confira as principais notícias da 4ª semana de novembro:
Uber vs. hackers
Na terça-feira, o CEO da Uber, Dara Khosrowshahi, revelou que hackers roubaram dados de 57 milhões de usuários e motoristas do aplicativo de transportes. O ataque aconteceu em 2016, mas a gigante do Vale do Silício escondeu o episódio até agora. Nomes, e-mails e números de celular foram copiados pelos criminosos.
A empresa não informou quais, dos 84 em que ela está presente, foram afetados. A Uber, no entanto, afirma que não há evidências de que informações de cartão de crédito ou históricos de viagens tenham caído nas mãos dos hackers.
Os erros da Uber
Em primeiro lugar, o fato de a empresa ter mantido o ataque em segredo foi uma quebra de confiança em relação aos seus clientes. Isso faz com que a informação de que dados de cartão de crédito ficaram protegidos seja questionada. O segredo, além de anti-ético, pode ser interpretado como um crime estadual. Nos Estados Unidos, 47 dos 50 estados obrigam empresas que possuem dados pessoais de usuários a informar ao governo e à polícia qualquer cyber ataque.
Além disso, o então chefe de segurança da empresa, Joe Sullivan, teria pago 100 mil dólares para que os hackers apagassem uma cópia dos dados vazados. A negociação teria sido autorizada pelo então CEO da empresa, Travis Kalanick. Autoridades, no entanto, afirmam que a Uber agiu de maneira equivocada.
Neutralidade da rede
Nesta semana, a Comissão Federal de Comunicações dos Estados Unidos (FCC) informou sua intenção de acabar com as regras que determinam a “neutralidade na rede” dos Estados Unidos.
O que é neutralidade da rede?
Para usar uma analogia descrita pelo New York Times, o conteúdo online é organizado em “pequenos pacotes de dados”. Antes que esses pacotes cheguem ao seu computador, eles passam por um centro de processamento – as operadoras de internet.
A neutralidade da rede impõe que todos os “pacotes” sejam entregues com a mesma velocidade, sem bloqueio ou restrições a determinados sites. Isso previne, por exemplo, que sites de streaming como Netflix sejam boicotados por operadoras que oferecem o próprio serviço de streaming.
E o que eu tenho a ver com isso?
Hoje, o usuário controla o que vê na internet. Mas sem a neutralidade da rede, as operadoras têm mais poder sobre os conteúdos que chegam aos assinantes. O governo Temer tem se mostrado favorável à extinção da neutralidade da rede no Brasil – que poderia impor a planos de internet residenciais e empresarias os mesmos limites de dados que hoje são impostos a pacotes de linha telefônica móvel.
Facebook vs. Russia
O Facebook foi informado que pode ser bloqueado na Rússia, a não ser que a empresa comece a armazenar seus dados em servidores do país. Segundo Alexander Zharov, chefe da instituição que regula as telecomunicações na Rússia, o governo vai se encontrar com representantes do Facebook em janeiro para encontrar uma solução.
A Rússia é hoje o nono maior mercado para o Facebook – ou seja, a empresa não pode se dar ao luxo de ser bloqueado. Mas usar servidores russos pode facilitar ataques de hackers do país europeu.
China cria o primeiro parque temático de realidade virtual
A demanda por entretenimento virtual levou a China a lançar seu primeiro parque temático de realidade virtual. O espaço de 134 hectares fica em Guiyang, no sul do país, e promete 35 atrações de realidade virtual – de jogos de ação a montanhas-russas.
O mercado de realidade virtual chinês deve crescer até 10 vezes nos próximos três anos, alcançando 8,5 bilhões de dólares.
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