No Brasil, 85% dos jovens e crianças com idades entre 9 e 17 anos têm acesso à internet. São 24 milhões de pessoas nessa faixa de idade que usam a rede mundial para fazer trabalhos escolares (76%), assistir a vídeos (77%), trocar mensagens (79%), acessar redes sociais (73%), entre outras atividades.
Ao mesmo tempo em que é uma ferramenta de ensino e de entretenimento, a internet também pode ser uma ameaça para a saúde física e mental dos jovens. Mais de um terço deles (39%), foram discriminados online. Dentre os motivos para as ofensas estão a raça ou cor da pele (26%), características físicas (16%) e orientação sexual (14%).
Não apenas colegas maldosos podem fazer mal a esses jovens usuários da internet. Cibercriminosos também alvejam crianças e adolescentes para conseguir informações confidenciais, roubar identidades invadir dispositivos e até conseguir material pornográfico.
Outros países já estão mais maduros quanto a proteção dos dados dos pequenos. Desde 2000, os Estados Unidos possui uma lei própria que exige das escolas e bibliotecas do ensino fundamental usem filtros de internet e tomem outras medidas para proteger as crianças de conteúdos potencialmente ofensivos. Caso não estejam adequadas à lei, as instituições não podem contar com certos financiamentos fornecidos pelo governo federal americano
Por isso, é essencial tomar algumas medidas garantir que os pequenos façam um uso seguro da internet, das redes sociais e das ferramentas de comunicação.
Veja a seguir alguns dos principais riscos que crianças e adolescentes correm na internet e saiba como evita-los.
Privacidade
Todo pai e toda mãe precisam orientar seus filhos a respeito do que devem ou não revelar na internet. Nas redes sociais, crianças não devem compartilhar informações que mostrem sua localização ou informações a respeito de onde ela mora ou que escola e lugares frequenta.
Cibercriminosos podem usar esses dados de diversas maneiras; para fazer roubo de dados sensíveis, ameaças e outros crimes. Por isso, até que a criança tenha maturidade para entender que riscos corre, os pais precisam ter acesso ao que seus filhos estão postando e com quem estão falando.
Monitoramento
Outro problema comum é a exposição da criança a conteúdos não adequados para sua idade. Um jeito de lidar com isso é instalando softwares que limitam o acesso de menores de idade a vídeos, sites e outras páginas não apropriados. Esses programas também permitem que os pais saibam em que sites os filhos estiveram para que possam monitorar algum tipo de perigo a que estejam expostos.
Limites
Pesquisas mostram que o uso excessivo de dispositivos digitais causa diversos malefícios, como isolamento social, obesidade e até doenças como ansiedade e depressão. É por isso que o mais recomendado para crianças é que tenham um tempo determinado para usar celulares, tablets e computadores, que não deve ultrapassar mais que algumas dezenas de minutos. Dessa maneira, a criança poderá se dedicar a outras atividades, como brincar e estudar.
Conversa
Crianças podem ficar com medo caso sejam ameaçadas por colegas ou estranhos. Em vez de contar para os pais, preferem o silêncio. O ideal é criar uma relação de confiança com os pequenos, para que eles possam avisar aos responsáveis caso algo aconteça. Procure sempre manter um espaço para conversar com seus filhos e incentive-os a procurar sua ajuda caso se sintam intimidados ou com medo.
Ameaças próximas
Como na vida real, a internet pode ser usada por quem está próximo para abusar física ou mentalmente de uma criança. Amigos, parentes, professores e outras pessoas de seu convívio social podem tentar manipular ou intimidar os jovens por meio de redes sociais, e-mails ou aplicativos de mensagens. A criança precisa ter consciência de que isso é errado e reportar o comportamento suspeito diretamente para seus pais.
Crianças precisam da orientação dos pais em todas as áreas de suas vidas e não é diferente quando estamos falando de internet. Uma vez conectado o jovem está exposto a diversos perigos. Cabe aos pais tomar medidas para que ela se sinta segura e acolhida.
0 Comments